No Brasil vemos as empresas buscando soluções em ergonomia, baseadas nas exigências legais, principalmente adequação à NR-17, ou prevenção de processos trabalhistas. Mas seria essa a verdadeira missão da Ergonomia?
Sempre que falamos sobre a definição de ergonomia, na etimologia da palavra, explicamos que ergon significa trabalho. Para Richard Sennet, em seu livro o Artífice, ergon significa produtivo. Se analisarmos a essência da palavra trabalho por si só, teremos uma confirmação de que trabalhar, nada mais é do que realizar ações com um objetivo específico.
Logo, podemos supor que a Ergonomia existe para que as ações realizadas pelo homem, sejam eficientes. Ou seja, que os recursos utilizados para chegar a um objetivo específico sejam utilizados com qualidade, competência, com nenhum ou o mínimo de erros.
Em épocas de crise, é comum ver as empresas reduzirem custos e principalmente os recursos humanos. Porém, são os recursos humanos que são dotados de algo impossível de reproduzir mecanicamente: a criatividade.
E é justamente esse ato cognitivo de transformar informações em conhecimento que pode ajudar uma empresa a encontrar maneiras de evoluir. Mas para ser criativo, uma pessoa tem de estar com seus recursos físicos, organizacionais e cognitivos plenos, ou seja, com um mínimo de desgaste que afetem sua efetividade.
Investir em Ergonomia em momentos de crise, é um excelente momento para encontrar oportunidades de melhoria de processos que a tornem mais eficiente.
Eis a verdadeira missão da Ergonomia, manter as pessoas criativas.